Game over
trago uma mácula no braço esquerdo é que de vez em quando eu me belisco tentando provar que ainda estou vivo não quero passar por aí feito um nada ao lado de vela que nem posso assoprar como quando falo e ninguém me escuta como quando escrevo e ninguém me lê... são mortes, e essas por ora me bastam por isso às vezes eu permaneço calado por isso, às vezes, eu deito as palavras numa inversão quase infantil de papéis pra provocar os sentimentos de perda jamais cri em dimensão de apatia, mas será que a rosa sente a borda do vaso? será mesmo gelada a queda das pétalas? confesso, entre tantas neuras tão vivas já cheguei a temer um toque mais quente: “a poeira da alma não fica sobre a mobília” ou será que ela fica?