Vinda da Terra dos dentes

 

é de Teethland que o amor procede

do cartão postal do riso mais bonito

e ele chega, num zás ou de mansinho

e entra feito espinho, até o coração

 

o reduto poético, a morada pulsante

a varanda e a rede de seu bem-estar

e depois se alastra, de canto a outro

dos fios mais do alto até o calcanhar

 

ah, o amor, tão ilustre e tão comum

é um qualquer com bilhete só de vinda

ou o sábio que não aprendeu o voltar?

 

de nossos peitos ele só finge que sai

se magoado até se despede, mas fica

chorando em ferida pro tempo sarar

Comentários

Postagens mais visitadas