Semeadura sem amarras

 

nascem sem dono e sem nome sabido

pincelando de cores o chão distraído

algumas esparramadas feito boquejo

outras dadas como no primeiro beijo

 

há a que floresce meio fora de moda

e a que se exibe, aberta à noite toda

em comum um ideal trazido em botão

um jardim de liberdades, a sua razão

 

um dia secam, e nem há quem perceba

talvez o vento espalhe traços de seiva

e, quiçá, haja um feixe de luz receptor

um repouso pra alma livre de cada flor

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