Meus pingos de gente
recordo com ternura daqueles
tempos
em que todo amor nascia
duma barriga
sagrada, para além das
três cicatrizes
e assinalados por
pinguinhos de gente
perpetuamente
angelicais, na memória
cada um i da irisinha
dos olhos da vida
antes, eu, palanques a
mercê das ondas
e depois arranjado na
forma dum porto
seguro, e imune a
qualquer tempestade
dali eu herdei poderoso
assopro mágico
que invocava, dos meus
belíssimos anéis
de tamanho ajustável, e
cinco dedinhos
eu via nas espumas do mar seus destinos
entre jangadas à deriva
meus pequeninos
imaginava velas, e não deixava
de soprar
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