Perdoa-me, meu bem!
perdoa os
tantos excessos
que eu cometi
deslumbrado
na ânsia
de ter só pra mim
perdoa os
sabidos silêncios
quando murmurava
teu nome
pra
evitar que o soubessem
e, assim,
chamassem por ti
perdoa minhas
artimanhas
ao lamber
pele e entranhas
e provocar,
afora, repulsão
à minha
baba vertida de ti
perdoa os
caminhos tortos
e a
bússola desmagnetizada
pra demandar
outros passos
tornando
a viagem mais longa
perdoa as
sombras nutridas
e o não
te olhar de tão perto
pra
vagar, distante espectro
e contemplar
só toda tua luz
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