Ele era um poeta – Parte II
era poeta, e não
morreria de belezas
trazia em sua essência levíssima
alma
que autônoma quase
sempre lhe fugia
pra escutar, lá do alto,
os passarinhos
de cujos cantos,
somente ela entendia
o lamento das notas triladas
em gaiola
e as arrancadas, na
mais vil selvageria
cegando bichinho pra obter
gorjearia
e a tal nuvem passageira
que habitava
às rebarbas dos céus
então se prendia
e pra que olhasse os
seus entes-‘inhos’
as barbas de Deus puxava
com ousadia
reclamando a alegria tirada
dos ninhos
e chorando a dor tão grande
que sentia
ela triste, em não lhe
retornar, insistia
e o poeta adoeceria de
vez em quando
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