Olhos da minha musa
teu olhar
descerrou a porta da minha estupidez
arrancando-a,
tal inquilina, em ação de despejo
tão
intrepidamente como um semiprateado raio
que sabe troar,
mas me chama rouco e baixinho
da superfície
singular das tuas preciosas gemas
que trazem e
confundem em si o verde e o azul
mas harmonizam
todo o resto das minhas cores
num renovado
espaço, amplo, de sensibilidades
em que eu me
rabisco feliz segurando a tua mão
desde que éramos
ali duas bolinhas e dez traços
tão básicos, como
desenhos rupestres na parede
que evoluem numa
história repleta de encantos
em teu olhar eu
encontro a paz da minha poesia
estímulo dos versos
que vou deixando no tempo
postos, como icebergs da minha colossal alegria
em valsa - melodia
suave e circular das palavras
nas tuas
preciosas gemas eu me espelho inteiro
reflexo dum amor
eterno, sublime e verdadeiro
E eu a ti!
ResponderExcluir