O amor de coisas que murcham
os ramalhetes, tão ternos e orvalhados
reunidos
nas manhãs do mês de maio
perdem
o viço após o segundo domingo
quando
oferecidos por amor àquelas mães
que
os aguam felizes nos vasos das salas
as
rosas colhidas nas tardes de agosto
que
tanto alegram os meus e outros olhos
ainda
que regadas com lágrimas paternas de amor
perdem
depois, de si, todo e qualquer frescor
o
conjunto de flores das fúnebres coroas
desperdiçado,
ao olhar que já nem mais está lá
resseca
serenado antes do amado plantado defunto
e
a pétala dos amantes, entre as folhas dos livros
guarda
úmidos beijos, emurchecida, como se fala
é que flor de amor,
molhada, murcha, como o falo
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