Varanda do silêncio das palavras
na varanda do
silêncio das palavras
adormecidas nos embalos
das redes
ouvindo o
murmúrio da saliva do rio
com as lágrimas
do salgueiro-chorão
e o toque da
brisa no seio do relvado
provocando os
frenesis multiverdes
palco aberto do
concerto das almas
que tocam as
verdades em harmonia
que envolvem e
sorriem os corações
primeiro eles, órgãos
da serenidade
depois os
poetas, órgãos dos órgãos
que ali
encontram a paz e as paletas
e as infinitas
páginas castas, brancas
pra comporem o
seu bonito universo
com as vozes
interiores que os guiam
na varanda do
silêncio das palavras...
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