O meu corcel bailarino
vi um belo corcel branco cruzando os céus
de collant, tutu e ferradura de meia ponta
crinas copiosas, encaracoladas no pescoço
trançadas, em incontáveis rabos de cavalo
sedutor, trespassando o ventre de nuvens
entrando ali e saindo acolá, silente no azul
onde deixava desenhados clássicos passos
como se embalasse Tchaikovsky seu ballet
singular, desenvolto, despreocupado e feliz
equestre astro excelso das artes celestiais
insofismável pra mim, espectador exclusivo
no gozo do privilégio
das minhas desrazões
Comentários
Postar um comentário